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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Max Payne 3

Aqui está um jogo que foi lançado em 2012 e que eu tratei de comprar assim que foi lançado e em poucos dias eu havia completado toda a história e por algum motivo nunca publiquei uma resenha no blog. Ainda no intuito de fazer um post sobre todos os jogos do Xbox 360 que eu virar, o que de alguma forma doentia me fará sentir liberado comprar um PlayStation 4 ou um Xbox One, eu lhes apresento com dois anos de atraso: Max Payne 3.
Antes desse título eu havia jogado apenas o Max Payne original para pc e me pareceu um jogo com uma ambientação noir bastante interessante e uma jogabilidade simples, porém eficiente.
Quando Max Payne 3 foi anunciado, vários anos antes de seu lançamento, eu lembro que logo de cara São Paulo havia sido apresentada como cenário do jogo. Achei a possibilidade interessante, já que normalmente o Rio de Janeiro é a única cidade lembrada.
A ambientação no Brasil é realmente muito bem feita, apesar de algum erro ou outro típicos de americanos observando uma cultura estrangeira, no geral está presente aquele tipo de detalhismo que só se consegue realmente viajando para o país e investindo em uma pesquisa mais séria do que simplesmente uma foto dos cartões-postais da cidade.
A trama é meio confusa, mas como Max mesmo diz  no meio do jogo se ele não consegue  entender a trama na qual se meteu é porque ele de fato não deveria entendê-la e o mesmo princípio se aplica ao jogador.
Na história Max é responsável pela segurança de uma rica família paulistana que se vê repentinamente envolvida em uma trama de sequestro e violência.
Ok, até aqui tudo bem, uma história meio clichê e provavelmente sem grandes surpresas. Isso até pode ser verdade mas o que realmente torna tudo interessante é  o protagonista. Max é a decadência em pessoa. A narração noir dá o tom certo para a trama de um policial que já perdeu tudo e que continua perdendo cada vez mais.
O gameplay em si segue um roteiro muito simples: siga um determinado caminho e mate todos em seu caminho. Não há escolhas a serem feitas e todas as fases são bastante lineares e sempre vão ser encaradas da mesma maneira, não há a possibilidade de decidir ser mais furtivo em um momento ou tentar aproximações diferentes para uma determinada situação. Porém a complexidade e o peso da personalidade de Payne tornam tudo mais interessante. Há uma certa perda na sensação de controle do jogo devido ao excesso de animações. Normalmente é mais provável que apareça uma animação de Max abrindo uma porta do que você precisar apertar algum botão específico, porém essas animações sempre acrescentam à personalidade de Max, com o personagem frequentemente narrando como se sente.
O jogo tem um foco absurdo no que se propõe: tiro em terceira pessoa. Você MUITO raramente vai apertar qualquer botão que não seja para disparar uma arma. Esse foco é positivo pois o pouco que o jogo faz, ele faz muito bem. Mirar, atirar, recarregar e se proteger são ações que estão entre as melhores que eu já vi nesse gênero de jogo. Infelizmente, as vezes a falta de mobilidade do jogo e do personagem, fazem com que você sinta que o jogo é só um mini-game gigante de encaixar a mira no local certo antes que as suas balas acabem, mas normalmente esses momentos são interrompidos com sequências de ação mais cinematográficas.
Duas mecânicas as quais o jogo se mantém fiel são as curas através de analgésicos e o bullet-time. O primeiro realmente me surpreendeu por permanecer, hoje em dia quase que 100% dos jogos de tiro preferem a mecânica da regeneração à de "med-packs", mas Max Payne se mantém fiel as suas origens e com certeza acaba se tornando mais desafiador por causa disso. Já o bullet-time, ao contrário do que se esperaria, ainda não parece ultrapassado ou utilizado em excesso e é uma característica essencial ao jogo que dá um toque de personalidade ao gameplay sem em nenhum momento desequilibrar a experiência.


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